Está no imaginário do mundo ocidental que a dança do ventre é uma dança sensual.
Uau! Será? Por aqui – do lado do mundo cujas origens não são orientais – pensa-se logo que a dança precede algum ritual de prazer e que seria esse então seu maior objetivo.
Uau! Então…venho lhe dizer: essa imagem é a mais pura enganação que vem sendo difundida há décadas pelos países do ocidente, motivados pelo cinema, pelos artistas ocidentais, principalmente durante a chamada Era de Ouro do cinema Egípcio e por séculos, pelos países colonizadores dos povos árabes. Várias invasões, guerras, disputas, foram minando os reinos árabes, as visões originais e sagradas da dança foram sendo distorcidas.
Essa dança que eras agrada, tanto em família como nos templos, foi se tornando uma dança comercial. Houve períodos, inclusive que a dança foi proibida, bailarinas foram queimadas vivas. Os dominadores começaram pretendia tornar a sua própria imagem como a imagem dos deuses e queriam que o culto fosse a eles e não a um deus ou aos deuses dos povos de origem.
Pior, atualmente, essa mensagem distorcida da dança de raiz árabe, diante das facilidades da mídia digital, também gera uma difusão muitas distorcida. Não é raro encontrarmos vídeos das redes sociais, principalmente de bailarinas que trabalham com a dança de forma sensual e as vezes vulgar. Onde se observa a dança comercial e não a dança de raiz.
Sem entrar em muitos detalhes, porque demandaria certo tempo e milhares de palavras, que nos tempos atuais não tem tido seu devido valor, já que a pressa tem privado também as pessoas da graça da leitura: a imagem da cultura oriental se resumiu em alguns parágrafos.
A começar que há mais de 40 países árabes, onde cada um possui sua cultura e seus costumes que merecem respeito e conhecimento, antes de qualquer crítica. Alguns mais conhecidos outros não. Alguns de origem árabe outros não.
Mas que pela interferência de séculos anteriores possuem semelhanças em sua manifestação cultural e artística na dança, como por exemplo: Líbano, Turquia, Egito, Índia e Síria, os quais possuem em suas danças aspectos semelhantes ou divergentes.
Há pontos concordantes e também controversos em relação a figurinos e formas de apresentações artísticas. Mas há algo muito comum: que é uma dança onde ocorrem os movimentos de quadril de maneira semelhante e preponderantes comparado com os movimentos de outras partes do corpo. São danças ricas em cultura, arte, cores, movimentos, expressão e em músicas. Ritmos diferentes ditam as partes que devem reinar durante a execução dos movimentos corporais.
Lembro que às vezes essa dança é rica até mesmo sem deslocamentos. Há acessórios usados em algumas vezes para enriquecer mais ainda a arte, os quais exigem também conhecimento de sua origem, de seu ritual, de seu motivo de estarem ali na dança, tais como: espada, velas, candelabros, bastão, véus, snujs, pandeiros.
Um capítulo especial deveria ser dedicado à música árabe, a qual tem timbres diferentes das músicas ocidentais, motivados por instrumentos extraordinários. É preciso lembrar aqui que a música árabe foi criada para embalar, para ser um meio de cura, de tocar a alma. Foi nela que surgiu a musicoterapia.
Na música oriental as pessoas sentem a música e não simplesmente a escutam. E cabe a uma bailarina, com todo respeito à música: traduzi-la em movimentos. Não é um simples “curtir”, como o termo que se usa hoje em dia. Nas casas orientais, que têm uma característica diversa da residência ocidental, a dança nasce no seio das famílias. Lá se dança desde criança a música que encanta. Lá tudo se dança, se sente. E as mulheres e os homens dançam juntos, dentro de suas pequenas fortalezas familiares.
Capítulos bloqueados da história, que daria uma história à parte sobre a cultura oriental e sua relação com a música e a dança, vou ser breve… A dança árabe hoje representa algo além disso para a mulher. A dança árabe fortalece a musculatura, trabalhando regiões do corpo que não são usadas em outras atividades físicas, principalmente nas mulheres a região do ventre com todos os seus órgãos internos. Mais do que saúde física do corpo da mulher essa dança promove saúde mental, promove curas diversas de traumas, medos, depressões, gera um reencontro da pessoa consigo mesma. Numa aula de dança do ventre a queima de calorias gira em torno de 400 calorias, aliada à atividade física prazerosa.
Ocorre melhoria na autoestima, na memória. Nela são trabalhados o equilíbrio e a propriocepção. Dentre outros benefícios como: postura, trabalho em equipe, coordenação motora fina e ampla, delicadeza, feminilidade e, além disso tudo, apura o sentido musical e o senso artístico.
PORQUE É UMA DAS MODALIDADES QUE MAIS CRESCEM NO BRASIL E NO MUNDO?
Porque no mundo globalizado de hoje as informações são difundidas mais rapidamente, inclusive a movimentação das pessoas é mais intensa. Isso leva a uma maior disseminação das boas informações sobre a dança. Favorecendo assim que mais pessoas tenham acesso a esse benefício. Com tantos benefícios diretos para as mulheres, quem dança é mais feliz. E, então quem está feliz, contagia sua felicidade!!!
COMO SURGIU ESSA DANÇA?
Esta pergunta, respondo em outro artigo.
Por Rosa Helena Borges Péres E aí quer fazer aula de dança do ventre? Entre em contato comigo. E se falar que leu esse artigo aqui vou te dar um descontão. Tel. 34 98835-6135 – Patrocínio – MG. Informa Equipe Portal Guim@online – A gente conecta você!